Diarreia

15/04/2019

A diarreia, caracterizada pelo aumento da frequência evacuatória ou alteração da consistência das fezes (para líquidas ou pastosas) ,não é uma doença, mas um sintoma comum a várias doenças do trato gastrointestinal. Sabe-se que um indivíduo adulto ingere cerca de dois litros de líquido todo os dias e que o trato digestivo produz 8 litros de líquido. Desses, há a reabsorção de 98% do valor total, ficando 2% na luz intestinal para ser eliminado junto com os resíduos fecais. Qualquer mecanismo que modifique essa relação, aumentando a produção de líquidos ou diminuindo sua absorção, gera mais água na luz intestinal, causando a diarreia.

A diarreia é uma ocorrência muito prevalente em nosso meio. Praticamente todas as pessoas já tiveram, em algum momento de sua vida, um episódio de diarreia. Em geral, as pessoas tem um episódio por ano dessa afecção. Até aí, não há motivos para se preocupar, pois esses episódios são benignos e somem após 2 ou 3 dias, sem deixar sequelas e sem necessidade de investigação médica.

As causas principais da diarreia são: infecções virais, bacterianas ou de parasitas, doença inflamatória intestinal, tumores de intestino, síndrome do intestinal irritável, uso prévio de antibióticos, uso de medicações com efeito laxativo, intolerância alimentar (glúten, lactose, frutose, dentre outras), pós operatório de cirurgias intestinais, hipertireoidismo, desordens genéticas.

Dentre essas causas, a mais comum é a diarreia de origem infecciosa. Existem mais de 200 tipos de micro-organismos (bactérias, vermes, vírus, fungos) capazes de causar diarreia. Podemos classificar a diarreia e acordo com seu tempo de duração. Se abaixo de 3 semanas, a diarreia é aguda, em geral infecciosa e costuma ser auto-limitada (curar-se sozinha). Se acima disso, deve-se procurar um médico proctologista para iniciar uma investigação mais detalhada.

Quando você deve procurar um médico? Se a diarreia tiver duração maior do que 3 semanas (mesmo que não seguidas, mas vindo em vários episódios), tiver associada a sangue ou muco nas fezes, provocar febre alta ou ocorrer em indivíduos idosos ou com baixa imunidade. É importante salientar que há outras causas de diarreia com origem não intestinal - tumores neuroendócrinos, insuficiência pancreática, hipertireoidismo, distúrbios eletrolíticos, dentre outras.

O diagnóstico depende de exames de sangue, fezes e, em casos de diarreia crônica, exames de imagem poderão ser solicitados, sendo o principal deles a colonoscopia. Outros exames como a radiografia de abdome e a tomografia podem também ter alguma utilidade. Feito o diagnóstico, seu médico irá proceder ao tratamento correto, de acordo com a causa da doença.Podem ser usadas inúmeras medicações, como fibras sintéticas, antiespasmódicos e remédios para patologias especificas, como os imunossupressores no caso de doença inflamatória intestinal . Pode ser necessário também cirurgia - não podemos nos esquecer de que a diarreia pode ser um sintoma do câncer intestinal. Por isso, procure o seu médico o quanto antes!

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